" Bairro dos Anjos é uma bomba atómica"
O problema maior do bairro dos Anjos é o abandono a que foi votado pela Câmara Municipal de Lisboa. A denúncia é de Marina Tavares Dias, olissipógrafa e autora de vários livros sobre Lisboa, que não se espanta com a derrocada da Vila Martins. "O bairro dos Anjos é uma bomba atómica" porque tem muitas "casas desocupadas e em mau estado que são ocupadas por uma população flutuante, de toxicodependentes, que ali pernoita", disse ao DN.
Com a demolição do Casal Ventoso, os toxicodependentes e traficantes deslocaram-se para o bairro dos Anjos e zonas limítrofes. "Houve uma preocupação de limpeza estética sem resolver os problemas sociais", diz.
Segundo um levantamento feito pelos Cidadãos por Lisboa, em 2009 existiam 72 edifícios devolutos no bairro dos Anjos - uns total, outros parcialmente. Era o caso da Vila Martins, um conjunto de casas no aproveitamento do declive acentuado que leva ao miradouro da Senhora do Monte. Três estavam habitadas, outras eram ocupadas por toxicodependentes - relatam os vizinhos e admitiu o vereador da Protecção Civil.
"É espantoso que não aconteçam mais casos, como incêndios em casas devolutas ou a derrocada de vários edifícios em risco", diz Marina Tavares Dias lançando críticas à autarquia que, em 2003, anunciou a reabilitação do Intendente - "que é um bairro com um potencial turístico excepcional, pela qualidade de edifícios em termos históricos e patrimoniais" - e não o fez. Mais. "A recuperação do Intendente foi chutada para o Orçamento Participativo do ano passado como se pudesse ser comparável com um cinema", aponta.
in DN por MARINA ALMEIDA
Por causa disso temos neste momento nesta zona toda uma imensa população toxicodependente/traficante que vive espalhada um pouco por todo o território, vivendo em condições infrahumanas.
A PSP vai fazendo operações de cosmética como a do último dia 6 de Maio, que reduzem o problema. Tem também sido tapadas entradas de casas ocupadas por toxicodependentes, e tem havido uma maior fiscalização, mas enquanto não houver mais intervenção social, não se vai conseguir resolver este problema.
Espera-se que o início da intervenção do plano QREN no Intendente e na Mouraria, no início de 2011 traga uma nova esperança a toda esta zona.
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